Existe uma nova tendência em Hollywood. Não digo nova por ser recente esse tipo de filme, mas por ser recente a tendência. O tipo de filme que chamo de "drama feliz" existe desde que o cinema é indústria, mas somente nos últimos anos ele se tornou uma tendência, e pode vir até a assumir um status de sub-gênero.
O "drama feliz" é um tipo de filme que se parece com uma comédia romântica bem ao estilo hollywoodiano, mas que não é comédia, nem romance, é drama. O fato de ser drama se justifica pelo tom do filme, que é um tanto pesado e denso, mas a estrutura do filme se aproxima mais da comédia romântica.
Esse tipo de filme retém o pior da comédia romântica e o pior do drama. Enquanto a comédia romântica é boa por ser divertida e leve, com o objetivo de deixar o espectador mais feliz com a vida, sentindo-se romântico e confortado, o drama é bom por ser conflituoso e trágico, por possuir uma estrutura em que tudo conduz a um final terrível, triste, que faz o espectador experimentar uma catarse.
O "drama feliz" não possui a leveza da comédia romântica, por tratar de temas pesados e densos, nem possui a estrutura do drama, em que tudo leva ao final trágico. A estrutura do "drama feliz" é justamente a oposta ao drama: enquanto o drama começa bem e tudo leva ao final trágico, o "drama feliz" começa mal e tudo leva ao final feliz. Todos os problemas do início vão se resolvendo aos poucos, até que tudo fica bem.
O "drama feliz" une a superficialidade da trama da comédia romântica à estrutura demorada do drama, excluindo a leveza da comédia romântica e o final trágico e os conflitos sucessivos do drama.
Nesse tipo de filme, normalmente as mulheres são sérias e os homens são palhaços. Não é isso, no entanto, que faz um filme desses ser ruim. Aparentemente, um filme desse tipo é ruim por ir contra as regras mais básicas da narrativa, já conhecidas e examinadas desde Aristóteles. Cineastas americanos inocentes (não entenda aqui que todos os cineastas americanos são inocentes, apenas alguns o são) tentam fazer filmes franceses e não conseguem sequer imitar direito.
Exemplos recentes de "dramas felizes", para quem quiser conferir a desgraça, são:
Ligeiramente grávidos (Knocked up, 2007, Judd Apatow)
Pegar e largar (Catch and release, 2006, Susannah Grant)
Em seu lugar (In her shoes, 2005, Curtis Hanson)
O "drama feliz" é um tipo de filme que se parece com uma comédia romântica bem ao estilo hollywoodiano, mas que não é comédia, nem romance, é drama. O fato de ser drama se justifica pelo tom do filme, que é um tanto pesado e denso, mas a estrutura do filme se aproxima mais da comédia romântica.
Esse tipo de filme retém o pior da comédia romântica e o pior do drama. Enquanto a comédia romântica é boa por ser divertida e leve, com o objetivo de deixar o espectador mais feliz com a vida, sentindo-se romântico e confortado, o drama é bom por ser conflituoso e trágico, por possuir uma estrutura em que tudo conduz a um final terrível, triste, que faz o espectador experimentar uma catarse.
O "drama feliz" não possui a leveza da comédia romântica, por tratar de temas pesados e densos, nem possui a estrutura do drama, em que tudo leva ao final trágico. A estrutura do "drama feliz" é justamente a oposta ao drama: enquanto o drama começa bem e tudo leva ao final trágico, o "drama feliz" começa mal e tudo leva ao final feliz. Todos os problemas do início vão se resolvendo aos poucos, até que tudo fica bem.
O "drama feliz" une a superficialidade da trama da comédia romântica à estrutura demorada do drama, excluindo a leveza da comédia romântica e o final trágico e os conflitos sucessivos do drama.
Nesse tipo de filme, normalmente as mulheres são sérias e os homens são palhaços. Não é isso, no entanto, que faz um filme desses ser ruim. Aparentemente, um filme desse tipo é ruim por ir contra as regras mais básicas da narrativa, já conhecidas e examinadas desde Aristóteles. Cineastas americanos inocentes (não entenda aqui que todos os cineastas americanos são inocentes, apenas alguns o são) tentam fazer filmes franceses e não conseguem sequer imitar direito.
Exemplos recentes de "dramas felizes", para quem quiser conferir a desgraça, são:
Ligeiramente grávidos (Knocked up, 2007, Judd Apatow)
Pegar e largar (Catch and release, 2006, Susannah Grant)
Em seu lugar (In her shoes, 2005, Curtis Hanson)
Um comentário:
Desses que você cita, eu vi apenas "Em Seu Lugar", que é regular(o que não é exatamente uma qualidade...), mas achei interessante essa idéia do gênero "drama feliz". O que talvez seja mais desagradável neles é que quem assiste fica se sentindo mais "sensível e inteligente do que quem vê comédias", mas escapa dos desconfortos que alguns dramas podem trazer (digo isso porque, pra mim, filmes como "Closer" ou "A Época da Inocência" são mais violentos que filmes de pancadaria explícita).
E que bom que voltou a escrever aqui.:)
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